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PORTUGAL MASTERS 2022: SANTOS E BESSA EM BOM PLANO

29 outubro 2022

Por Hugo Ribeiro

Ricardo Santos e Tomás Bessa subiram este sábado apenas um lugar na classificação do Portugal Masters, para o 60.º posto. Estão empatados com outros três jogadores, e irão discutir este domingo o estatuto de melhor português no torneio de 2 milhões de euros em prémios monetários. 

Os dois atuaram juntos no primeiro grupo da terceira volta e ambos terminaram-na com o resultado de 69 pancadas, 2 abaixo do Par, para continuarem empatados com 207 pancadas, 6 abaixo do Par. Santos fez um birdie no 5, mas depois sofreu um duplo-bogey no buraco 7, por ter ido a um bunker. Não saiu bem, não chipou bem e falhou o putt. Mas em vez de ir-se abaixo, reagiu bem psicologicamente. Ao dobrar os primeiros nove buracos, a inspiração nos greens apareceu. Carimbou birdies nos buracos 10, 12, 13 e 15, para a sua melhor fase do torneio. Foi pena mais um bogey no 18, a 17.ª pancada que perdeu naquele buraco em 13 participações na prova.

Bessa foi muito mais consistente. Pela primeira vez, em três participações no Portugal Masters, fez uma volta isenta de bogeys – ele mesmo admitiu ter sido a melhor do tee ao green – e só alguns putts ficaram por entrar. Mesmo assim, somou birdies nos buracos 7 e 17.

A dupla portuguesa saiu logo às 8h00 e recebeu bastante apoio do público, até porque se Santos, de 40 anos, é um filho do Clube de Golfe de Vilamoura, Bessa, de 26 anos, sendo de Paredes, reside no Algarve há quase quatro anos e também já captou numerosos fãs.

No último dia irão separados para a última volta e o público nacional terá de dividir-se: Ricardo Santos joga com o francês Grégory Havret e com o tailandês Jazz Janewattanond, a partir das 7h36, enquanto Tomás Bessa arranca logo a seguir, também do buraco 1, às 7h46, com o finlandês Kalle Samooja e o sul-africano Wilco Nienaber.

Tomás Bessa terá por objetivo melhorar a sua prestação de 2020, quando também passou o cut e terminou em 64.º (+1). Ele próprio considerou que está ao seu alcance uma volta de -4 como a do primeiro dia. Ricardo Santos tem mais a ganhar, pois uma volta de antologia poderá ainda levá-lo a galgar muitas posições e sonhar com uma subida ao top-145 do DP World Tour Ranking. Com isso, ficaria isento da Segunda Fase da Escola de Qualificação, em Almería, e apurar-se-ia automaticamente para a Final da Escola, onde já está Ricardo Melo Gouveia.

Mas Ricardo Santos pode ainda melhorar um dos seus recordes. Em termos de classificação, dificilmente fará amanhã melhor do que o 16.º (-6) de 2012. Mas em termos de resultado, poderá perfeitamente estabelecer um recorde pessoal, fixado para já em -8, quando foi 48.º em 2010.

Quem também pode alcançar um recorde é Jordan Smith, que não larga o topo da classificação desde a primeira volta, agora com 191 pancadas, 22 abaixo do Par. O inglês de 29 anos, 14.º no ranking europeu, igualou hoje a sua primeira volta de 62 pancadas (-9) e chegou a pensar-se numa segunda volta de 59 na história do torneio e na história do DP World Tour (depois do seu compatriota Oliver Fisher em 2018).

Com efeito, no buraco 15, houve um momento de magia. Do rough à volta do green, com um bunker pelo meio, meteu a bola diretamente no buraco. Esse eagle fê-lo chegar às 22 abaixo do Par, mas depois fez Par-birdie-bogey para concluir uma excelente volta. O malaio Galvin Green (64+65+64) continua a ser o seu principal rival, estando a apenas 2 pancadas de distância.

O melhor resultado de um campeão no Portugal Masters foram as 25 pancadas abaixo do Par do inglês Steve Webster, logo na primeira edição da prova (2007), quando o Dom Pedro Victoria Golf Course, desenhado por Arnold Palmer, era um Par-72. Desde que passou a Par-71, o melhor agregado é de -23 do irlandês Pádraig Harrington em 2016, e do inglês Andy Sullivan em 2015.

Tanto Jordan Smith como Gavin Green podem superar essas marcas. Mais difícil será para o 3.º classificado, o alemão Sebastian Heisele (67+64+65), que vai com -17 e já anunciou que, aos 34 anos, irá entrar para a reforma depois de amanhã.


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